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12 set Semana de videoativismo na Cracolândia, São Paulo

A região da Cracolândia em São Paulo vem sofrendo uma série de ações do poder público, que segundo moradores e organizações locais, tem resultado em abuso de poder por parte da GCM e polícia militar, e obviamente violações de direitos humanos. A convite das organizações Fórum Mundarel e Craco Resiste, estamos preparando essa semana de atividades que serão realizadas na região, no sentido de instrumentalizar defensores de direitos, coletivos de comunicação e moradores, para usarem seus celulares e câmeras para documentação dessas violências rotineiras que ocorrem na região. Para saber mais da situação de violência do estado na Cracolândia leia nosso artigo passado aqui. A #SemanaDeVideoativismo na Cracolândia será realizada de 20 a 23 de setembro e contará com diversas atividades voltadas para moradores e organizações locais e também atividades culturais abertas ao público em geral. Veja a programação abaixo a confirmar. SEMANA DE VIDEOATIVISMO NA CRACOLANDIA – SP – setembro – 20 a 23 20/09 – QUINTA 19h-22h Oficina VideoAtivismo – o uso do vídeo na luta social Práticas de captura, arquivamento e uso de vídeos para documentação de direitos humanos. Atividades práticas de gravação e edição com celulares. 21/09 – SEXTA 19h-21h OFICINA Video Com Celulares / para moradores Arquivamento e arquivamento de memórias coletivas através do celular. Estimular a capacidade de refletir sobre o território e colocar sentidos de pertencimento coletivo na produção audiovisual. 22/09 – SABADO 17-22h Local: Praça General Osório SLAM da Craco + Programação cultural + MOSTRA DE FILMES curta-metragens e debate com realizadores que usam o audiovisual na luta popular, sobre soberania audiovisual, sobre

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19 jul SP: Cracolândia: A ordem é “limpar” geral

Movimentos locais denunciam a ação da GCM e polícia militar de incitar usuários e moradores da região para justificar a entrada da ação policial. Organizações de direitos humanos que trabalham pela redução de danos na Cracolândia relataram que foram informados que a ação de hoje será pior que a ação de 2017. Quando houve muita repressão, detenções e violações de direitos. Veja mais aqui. Profissionais de saúde tentaram chegar próximo ao fluxo (região onde ficam os usuários), mas informaram que a polícia está bloqueando os acessos à região. E temem por violências que estejam acontecendo sem o monitoramento de organizações de defesas de direitos. Há relatos de que um homem levou choques no rosto, além de diversas agressões e ataques de armamento não letal contra as pessoas. Um homem teria filmado a violência da GCMno e teve o celular apreendido e arquivos deletados. Raphael Escobar ativista da região declarou em matéria do UOL “A prefeitura limpa a praça. Quando eles [os usuários] voltam, tem um cordão na polícia revistando o pessoal. É nessa hora que colchão, lona, barraca, caixa de frutas, isopor são retirados. Muitas vezes começa o conflito daí”.  

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13 jul [SP] Cracolândia: um problema de saúde pública que o estado insiste em tratar com violência

A Cracolândia no bairro da Luz, região central de São Paulo, é um triste retrato do racismo e da desigualdade social na maior metrópole do país Por: Vito Ribeiro É nesta região que se concentram mais de 700 usuários de crack e que conforma uma verdadeira sociedade paralela dentro da cidade. A despeito da “guerra às drogas” ou “epidemia de crack”, expressões usadas amplamente pelas políticas de repressão institucional contra os pobres, o que se percebe em São Paulo, ao caminhar pelas ruas do centro da cidade, é que a população em situação de rua aumentou visivelmente. As barracas em praças e debaixo de viadutos, famílias inteiras cozinhando na rua, pessoas socializando nos espaços públicos, são um reflexo evidente da falta de moradia e emprego.  Para onde se olha no centro de São Paulo, na noite de inverno, se vê alguém abrigado sob um cobertor cinza. Cerca de 19 mil pessoas, segundo números estimados pelo estado, que são na verdade refugiados urbanos. Vindos das mais variadas cidades de São Paulo, do país e estrangeiros também. Disputando cada chance de sobreviver a dureza do dia-a-dia e o frio cortante da noite, indesejados, humilhados e entregues à própria sorte no centro da metrópole. O neurocientista Carl Hart quando esteve em São Paulo em 2017 declarou: “O problema não é o crack…ninguém vicia na primeira dose…o problema é o racismo e a desigualdade social…O Brasil vive apartheid e culpam as drogas”. Se engana quem acha que a Cracolândia é um local desordenado. As coisas funcionam com regras bem claras de convívio e segurança.

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