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19 jul SP: Cracolândia: A ordem é “limpar” geral

Movimentos locais denunciam a ação da GCM e polícia militar de incitar usuários e moradores da região para justificar a entrada da ação policial. Organizações de direitos humanos que trabalham pela redução de danos na Cracolândia relataram que foram informados que a ação de hoje será pior que a ação de 2017. Quando houve muita repressão, detenções e violações de direitos. Veja mais aqui. Profissionais de saúde tentaram chegar próximo ao fluxo (região onde ficam os usuários), mas informaram que a polícia está bloqueando os acessos à região. E temem por violências que estejam acontecendo sem o monitoramento de organizações de defesas de direitos. Há relatos de que um homem levou choques no rosto, além de diversas agressões e ataques de armamento não letal contra as pessoas. Um homem teria filmado a violência da GCMno e teve o celular apreendido e arquivos deletados. Raphael Escobar ativista da região declarou em matéria do UOL “A prefeitura limpa a praça. Quando eles [os usuários] voltam, tem um cordão na polícia revistando o pessoal. É nessa hora que colchão, lona, barraca, caixa de frutas, isopor são retirados. Muitas vezes começa o conflito daí”.  

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13 jul [SP] Cracolândia: um problema de saúde pública que o estado insiste em tratar com violência

A Cracolândia no bairro da Luz, região central de São Paulo, é um triste retrato do racismo e da desigualdade social na maior metrópole do país Por: Vito Ribeiro É nesta região que se concentram mais de 700 usuários de crack e que conforma uma verdadeira sociedade paralela dentro da cidade. A despeito da “guerra às drogas” ou “epidemia de crack”, expressões usadas amplamente pelas políticas de repressão institucional contra os pobres, o que se percebe em São Paulo, ao caminhar pelas ruas do centro da cidade, é que a população em situação de rua aumentou visivelmente. As barracas em praças e debaixo de viadutos, famílias inteiras cozinhando na rua, pessoas socializando nos espaços públicos, são um reflexo evidente da falta de moradia e emprego.  Para onde se olha no centro de São Paulo, na noite de inverno, se vê alguém abrigado sob um cobertor cinza. Cerca de 19 mil pessoas, segundo números estimados pelo estado, que são na verdade refugiados urbanos. Vindos das mais variadas cidades de São Paulo, do país e estrangeiros também. Disputando cada chance de sobreviver a dureza do dia-a-dia e o frio cortante da noite, indesejados, humilhados e entregues à própria sorte no centro da metrópole. O neurocientista Carl Hart quando esteve em São Paulo em 2017 declarou: “O problema não é o crack…ninguém vicia na primeira dose…o problema é o racismo e a desigualdade social…O Brasil vive apartheid e culpam as drogas”. Se engana quem acha que a Cracolândia é um local desordenado. As coisas funcionam com regras bem claras de convívio e segurança.

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15 jun Juventudes e Vulnerabilidades – como o vídeo pode apoiar as lutas em São Paulo?

No começo de junho fomos convidados para participar do I Seminário Internacional Juventudes e Vulnerabilidades: Homicídio, Encarceramento e Racismo, que foi realizado por diversas organizações e coletivos de São Paulo, no salão nobre da Faculdade de Direito da USP. O seminário contou com participação de importantes militantes da luta contra o racismo institucional no Brasil e em outros países. Que se dividiram em falas e apresentações que se realizaram até o segundo dia. Representantes de aldeias Guarani Kaiowá, do movimento Black Lives Matter dos Estados Unidos, do Coletivo Papo Reto do Rio de Janeiro, além de ativistas do México, Colômbia. De São Paulo participaram diversos movimentos como Mães de Maio, Movimento Cultural das Periferias, dentre outros que lotaram o auditório da faculdade dois dias de seminário. Após essas mesas, fomos convidados a fazer uma apresentação WITNESS, compartilhando nosso trabalho com o uso do vídeo para defesa de direitos, e sobretudo a experiência que realizamos com o Coletivo Papo Reto no Complexo do Alemão – Rio de Janeiro, de coleta e arquivamento de vídeos como prova na Praça do Samba. Saiba mais sobre o trabalho do coletivo no caso, clicando aqui. O interesse pelos protocolos de gravação, arquivamento e uso de vídeos como evidência jurídica foi grande, visto que cada vez mais coletivos periféricos da cidade tem enfrentado o avanço da violência policial contra jovens, usando a comunicação, internet, vídeos e eventos culturais. O seminário encerrou as atividades na Quadra da Combinados de Sapopemba – escola de samba da região, em que os grupos presentes no seminário se dividiram em GTs para

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