31 mar Deepfakes e abuso digital: combatendo a violência de gênero facilitada pela tecnologia
News and Events | jessicaribeiroWITNESS submete recomendações ao Comitê Consultivo do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a questão da violência de gênero facilitada pela tecnologia Texto escrito originalmente em inglês Março é um mês para celebrar as conquistas e lutas das mulheres, mas também um momento para reconhecer as ameaças digitais que continuam a afetá-las de forma desproporcional. Desde o vazamento de imagens íntimas sem consentimento, deepfakes abusivos até o assédio impulsionado por algoritmos, a violência de gênero facilitada pela tecnologia (TFGBV, na sigla em inglês) compromete a igualdade de gênero, a liberdade de expressão e a segurança pessoal. Para enfrentar de forma urgente esse tipo de violência, a WITNESS apresentou recomendações ao Comitê Consultivo do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) como parte de seu estudo sobre o tema. O texto destaca lacunas no atual quadro internacional de direitos humanos e oferece estratégias concretas para fortalecer as respostas globais à violência de gênero digital, com base em anos de trabalho com tecnologia e comunidades vulneráveis em todo o mundo. Desde 2018, a WITNESS realiza consultas presenciais globais com jornalistas, tecnólogos, líderes comunitários e outros atores de direitos humanos. Durante essas conversas, a violência sexual e de gênero impulsionada por inteligência artificial (IA) foi identificada como uma das ameaças mais urgentes em várias regiões, como o Sudeste Asiático, África e América Latina. O uso indevido de inteligência artificial generativa para criar deepfakes sexuais não consensuais de pessoas comuns já é uma realidade. Deepfakes que retratam líderes e ativistas femininas em situações comprometedoras ou falsas podem ser usados para