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16 maio Arquivo e memória: preservação de vídeos para a autonomia comunitária

Texto original escrito por Meghana Bahar, tradução de Jéssica Ribeiro Esta publicação marca o lançamento oficial da campanha global da WITNESS  “#MemóriaAudiovisual: preservação de vídeos para a garantia da memória coletiva” A WITNESS lançou seu premiado Guia de Ativistas para Arquivamento de Vídeos em julho de 2013, há quase 11 anos. Desde então, temos apoiado e aprendido com organizações e coletivos de diferentes países em projetos de arquivamento de vídeo. Isso inclui o Banco de Dados Popular para Responsabilização Policial com a Berkeley Copwatch, Policiamento da Polícia, junto com o El Grito, o Arquivo Sírio com o Mnemonic e o Arquivo do Genocídio Rohingya, lançado em 2022, com a Rohingya Vision. Arquivo comunitário como projeto político O aprendizado da WITNESS ao longo dos anos nos mostra que em muitos contextos onde a violência e a opressão são extremas, a preservação de vídeos comunitários pode ser um ato poderoso, subversivo e influente. Ativistas e pessoas que defendem suas comunidades são testemunhas de um volume sem precedentes de violações de direitos que bloqueiam o acesso à infraestrutura e às condições para manter acervos audiovisuais. Por isso, lutamos para diminuir as enormes disparidades nas oportunidades educacionais, polaridades extremas nas economias e a competitividade na criação e custódia de conhecimentos. Portanto, como podemos captar o que é essencial para os nossos movimentos de direitos humanos de forma a fortalecer as nossas experiências interseccionais? Quando é que as nossas histórias deixam de ser cooptadas ou rejeitadas por forças opressivas? Como protegemos a veracidade das nossas memórias sócio-políticas e históricas do apagamento? A abordagem da WITNESS

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07 jun Acampamento Terra Livre: a comunicação indígena como ferramenta de luta e resistência

A maior mobilização indígena do país reforça a importância dos povos indígenas enquanto protagonistas de suas próprias narrativas O ATL (Acampamento Terra Livre) aconteceu na última semana de abril deste ano e teve como tema “O futuro indígena é hoje – sem demarcação não há democracia!”. Em sua 19ª edição, o evento reuniu cerca de seis mil indígenas em Brasília para abordar a defesa de territórios, a importância da comunicação, o papel da juventude indígena, a participação política, a luta de indígenas LGBTQIA+, o enfrentamento das emergências climáticas, dentre outros temas. Ao longo de uma semana, foram realizadas plenárias, cineclubes, atividades culturais, rodas de conversa e marchas que tiveram como objetivo chamar a atenção para pautas históricas dos movimentos indígenas e também realizar reuniões no Congresso. Uma demanda urgente levantada no acampamento é em relação ao Marco Temporal, que dificulta a demarcação das Terras Indígenas, e que está em julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) esta semana. O evento também contou com a presença de defensores de direitos humanos, políticos e ativistas, como as equipes WITNESS Brasil e EUA, que participaram da cobertura colaborativa e realizaram workshops. Durante o ATL, seis territórios indígenas foram homologados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve presente em seu encerramento. Outro ponto marcante foi o decreto da emergência climática, que culminou em uma marcha e um documento onde os povos indígenas destacaram seu papel no combate ao aquecimento global. Comunicação colaborativa Toda a comunicação do ATL é feita de forma coletiva e liderada por comunicadores indígenas que se organizam em frentes e

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15 jan Vídeos e fotos de celulares de moradores mostram a barbarie no Jacarezinho

Operação da Polícia Civil no Jacarezinho deixou telhados e automóveis perfurados de balas, depois do ataque do helicóptero blindado neste final de semana. Moradores registraram em vídeos e fotos os momentos em que o helicóptero efetuava vôos rasantes pela favela e disparava aleatoriamente. Deixando um verdadeiro cenário de guerra. Uma Clínica Médica teve diversas perfurações de balas, algumas no piso do imóvel, o que evidencia os disparos vindo do alto da aeronave. Outros disparos atingiram teclados e lojas. Diversos relatos de moradores e comerciantes da região chegaram em grupos de mensagens denunciando e pedindo a divulgação das imagens. Outro vídeo gravado por moradores que repercutiu na imprensa, foi a detenção em massa de mais de 40 pessoas, que foram conduzidas para a Cidade da Polícia e liberadas posteriormente. Todas essas operações constam de uma resposta policial à morte do ex-delegado da Polícia Civil, encontrado morte no bairro de Benfica, próximo à favela do Jacarezinho. Movimentos de moradores, profissionais de saúde e organizações locais denunciam as ilegalidades da polícia nas abordagens e invasões de propriedade privada por parte dos agentes do estado. E principalmente a ameaça para a vida dos moradores com incursões letais com o helicóptero blindado.

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