09 abr Complexo do Alemão: a Praça do Samba virou Praça de Guerra
News and Events |Invasões às casas de moradores e confrontos constantes transformaram a Praça do Samba, antes local de festas no Complexo do Alemão, em cenário de guerra.
Invasões às casas de moradores e confrontos constantes transformaram a Praça do Samba, antes local de festas no Complexo do Alemão, em cenário de guerra.
Operações policiais na zona norte deixaram pelo menos (ao que se tem notícia) 13 pessoas mortas por “balas perdidas”, cerca de 2.5 mil crianças sem aulas por motivos de confrontos, em um operativo que mobilizou pelo menos 500 homens de forças policiais.
Mais uma vez nossos parceiros e amigos do Coletivo Papo Reto foram citados por policiais em operação na favela. Dessa vez porque algum morador que acompanha os canais de comunicação do grupo estava filmando com o celular a presença da polícia Além de obrigar o autor do vídeo a apagá-lo, o policial ainda perguntou se ia enviar pra os integrantes do coletivo, citando dois nomes, obviamente em tom de ameaça de morte. Nesta última semana as operações policiais se intensificaram na região resultando em uma semana inteira de confrontos, policiais armando barricadas com sacos de areia nos becos, intimidando todo mundo e um cenário de guerra de pano de fundo. Essa maneira de intimidar moradores e comunicadores infelizmente tem se tornado constante no Complexo do Alemão. E já foi amplamente denunciada por organismos de direitos humanos, imprensa, veículos internacionais inclusive fizeram matérias extensas sobre os riscos que correm esses comunicadores, como o New York Times, por exemplo. Dentro da rotina de guerra que vivem os moradores, as câmeras se tornaram dos poucos recursos restantes para denunciar e visibilizar essa prática. E se a gente sabe alguma coisa sobre o que acontece no complexo, é graças a insistência e coragem que tem esses jovens para criar e apoiar redes de comunicação descentralizadas que vão alimentando diversos mapeamento de denúncias. Essa coragem é movida pelo sentimento latente de não suportar mais ser testemunha da morte. Não suportar mais ver seus vizinhos acharem que sofrer e ser humilhado pelo estado é parte da vida do negro e favelado no Rio de Janeiro. Não
Em vídeo novo lançado no evento, WITNESS ressalta a importância do arquivamento de vídeos para a luta em prol dos direitos humanos e compartilha dicas básicas para ativistas de como preservar seus arquivos audiovisuais
O olhar de dentro, pelas câmeras dos próprios detentos, aprofunda a compreensão sobre a situação alarmante dos presídios brasileiros, frequentemente denunciada por comissões de direitos humanos e organizações da sociedade civil
Sempre dizemos que a polícia se comporta diferente na frente das câmeras. Com a câmera 360°, que permite que você registre todos acontecimentos ao redor do equipamento, policiais violentos terão que tomar cuidado com o que fazem atrás das câmeras também. Mas quais são os riscos para ativistas?
Artigo diz que Olimpíada não foi desastrosa como alguns previram. Perguntamos: a remoção de 70 mil pessoas de suas casas e o assassinato de mais de 2500 pessoas não são desastres?
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Ferramenta ajuda usuários a esconder rostos ou outras informações que podem colocar vidas em perigo – tudo sem a necessidade de um software de edição
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