Witness Brasil

25 maio Rocheda: Encontro de Videoativismo do Ceará

WITNESS participa da palestra de abertura do Rocheda – Encontro de vídeoativistas do Ceará com o tema Videoativismo: o uso do vídeo nas lutas sociais. A atividade acontece nesta sexta-feira (26) no auditório do Porto Iracema das Artes às 19 horas e também conta com a participação do coletivo Nigéria, produtora audiovisual com sete anos de atuação na produção de documentários, reportagens e campanhas. De acordo com o jornalista Roger Pires, do Coletivo Nigéria, as inscrições para o encontro Rocheda já estão encerradas, mas a mesa, aberta ao público, é a oportunidade para “pessoas que tem interesse em vídeo, mas que não tem uma atuação ainda”. Durante o evento de abertura, vai ser apresentado a proposta de formação de uma rede com empréstimo de equipamentos e fundo rotativo solidário para viabilizar novas produções audiovisuais no Ceará. Roger explica: “A gente quer juntar essa galera para produzir junto e trazer um pouco de formação em duas pegadas que a Witness traz muito bem: uma é do vídeo advocacy, ou seja, o vídeo como ação transformadora e a outra é o vídeo como prova, usar vídeos em registro de violações de direitos humanos de agressões em processos judiciais mesmo”. Rocheda O encontro de dois dias para coletivos e indivíduos que já atuam com videoativismo traz espaços de formação com Victor Ribeiro, troca de experiências entre os projetos, projeção das produções já realizadas e planejamento da rede de produção local. Roger explica a origem da ideia: “Surgiu de um mapeamento que a Nigéria vem fazendo de coletivos e indivíduos que estão produzindo vídeos,

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04 fev Mais um carnaval e a MORTE desfila na avenida do Complexo do Alemão.

Mais uma vez nossos parceiros e amigos do Coletivo Papo Reto foram citados por policiais em operação na favela. Dessa vez porque algum morador que acompanha os canais de comunicação do grupo estava filmando com o celular a presença da polícia Além de obrigar o autor do vídeo a apagá-lo, o policial ainda perguntou se ia enviar pra os integrantes do coletivo, citando dois nomes, obviamente em tom de ameaça de morte. Nesta última semana as operações policiais se intensificaram na região resultando em uma semana inteira de confrontos, policiais armando barricadas com sacos de areia nos becos, intimidando todo mundo e um cenário de guerra de pano de fundo. Essa maneira de intimidar moradores e comunicadores infelizmente tem se tornado constante no Complexo do Alemão. E já foi amplamente denunciada por organismos de direitos humanos, imprensa, veículos internacionais inclusive fizeram matérias extensas sobre os riscos que correm esses comunicadores, como o New York Times, por exemplo. Dentro da rotina de guerra que vivem os moradores, as câmeras se tornaram dos poucos recursos restantes para denunciar e visibilizar essa prática. E se a gente sabe alguma coisa sobre o que acontece no complexo, é graças a insistência e coragem que tem esses jovens para criar e apoiar redes de comunicação descentralizadas que vão alimentando diversos mapeamento de denúncias. Essa coragem é movida pelo sentimento latente de não suportar mais ser testemunha da morte. Não suportar mais ver seus vizinhos acharem que sofrer e ser humilhado pelo estado é parte da vida do negro e favelado no Rio de Janeiro. Não

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