Witness Brasil

04 fev Moradores filmam agressão policial a jovem em Salvador: ‘Você para mim é ladrão, olha esse cabelo’, diz PM

Moradores do bairro de Paripe, no subúrbio ferroviário de Salvador, filmaram o momento de uma agressão policial durante uma abordagem da PM a um grupo de jovens. Um dos militar agrediu um rapaz com murros e chute, e fez insultos racistas ao se referir ao cabelo dele. O caso aconteceu na noite de domingo (2). Nas filmagens, também é possível ouvir o policial chamar o jovem de “viado”. Percebam que ele está com as mãos vazias quando vai bater, logo depois abaixa para pegar o que parece ser o celular do revistado que caiu no chão. Sai com ele na mão. pic.twitter.com/6PhWEQePeX — Kaio Henrique (@kaiosouza) February 3, 2020 Apenas no perfil do ativista Raull Santiago, o vídeo acumula +20k views. A exposição do vídeo na internet exigiu que a Polícia Militar e autoridades políticas se posicionassem sobre o caso absurdo. Até o governador publicou um tweet fazendo mea culpa e solicitando investigação. A Polícia Militar informou que o vídeo será encaminhado para Corregedoria Geral da PM, para ser analisado e disse ainda que, “não preconiza com a violência e rechaça todo e qualquer tipo de conduta violenta”, mas quem mora na favela sabe bem como a polícia age. “Você para mim é ladrão, você é vagabundo. Olha essa desgraça desse cabelo aqui. Tire aí vá, essa desgraça desse cabelo aqui. Você é o quê? Você é trabalhador, viado? É?”. Gritava o militar, enquanto puxou um boné que a vítima usava. O mesmo policial chega a dar murros na costela do rapaz, além de um tapa no rosto e um

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03 dez O Caso Paraisópolis e os vídeos como prova da violência policial

No último domingo, nove pessoas morreram pisoteadas e outras 12 ficaram feridas durante ação policial no baile funk de Paraisópolis, zona sul de SP. Quase cinco mil pessoas estavam no baile funk quando a ação policial provocou o caos na região. Os vídeos divulgados nas redes sociais evidenciam a disposição da policia, de matar aqueles que simplesmente curtiam um lazer. Até quem não vive na favela sabe que o funk é cultura que retrata uma realidade popular. A Alma Preta, agência de jornalismo especializado na temática racial do Brasil publicou um editorial que além de denunciar a covardia da política que insiste em perseguir e matar, escancara a seletividade midiática em retratar a resistência negra, periférica e favelada. O funk é uma cultura de expressão preta, periférica e favelada. Ritmo da realidade, o papo reto de quem resiste todos os dias. Sim, os jovens funkeiros, os chavosos, resistem diariamente… e não só porque insistem em perpetuar um ritmo de música discriminada, mas por continuarem respirando, afinal, a cada 23 minutos, um jovem negro é assassinado no Brasil. Mais uma vez, os vídeos que escancaram o modo de operação da polícia viralizaram na internet   Os celulares vem cumprindo um papel fundamental na documentação da violência institucional, eles estão presentes em todos os bolsos, também são usados como ferramenta de compartilhamento pra dentro e fora da favela. É dentro dos chats de moradores que as pessoas alertam dos riscos para quem está na rua. É com o mesmo aparelho que grupos interagem com a imprensa local e organismos de direitos humanos, para

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27 nov [América Latina e Caribe] Celulares e Câmeras para denunciar a violência de estado

Vito Ribeiro – Witness Brasil Final de ano tenso ao sul do continente americano, com golpes de estado, protestos massivos, levantamento popular e muita violência por parte das polícias e forças armadas Equador, Chile, Bolívia, Colômbia, Peru e Haití foram / e estão sendo, palcos constantes de protestos massivos por parte de movimentos sociais, indígenas, sindicatos e estudantes, que sacudiram o continente neste finzinho de ano.  Com cenários específicos em cada região, porém semelhantes estruturalmente, a população desses países se levantou contra governos tiranos, aumento do custo de transporte, golpes de estado, denúncias de corrupção, mega-projetos extrativistas, e colocou milhões de pessoas nas ruas de diversas cidades, tensionando os pilares do poder, e resgatando demandas sociais históricas do povo. Em geral o pacote de reação dos governos foi basicamente o mesmo: decretar estado de emergência, toque de recolher, criminalizar os movimentos sociais acusando-os de terrorismo, e aplicar uma verdadeira política de extermínio dos manifestantes, sob a desculpa de “contenção de distúrbio”. Deixando milhares de detidos, cegos, feridos e mortos, em um amplo emprego de armamento letal e “não-letal”, aparatos de guerra, blindados, drones e tecnologia de controle de informação.  Os números são alarmantes se somamos todos os eventos em diferentes países, considerando sempre que essa documentação de dados sofre com a ocultação e manipulação de informações por parte das polícias e órgãos públicos. Por isso organizações de direitos humanos locais e internacionais tem resistido para verificar e denunciar diariamente, atualizando os dados sobre as vítimas da violência policial e militar. Só no Chile por exemplo, o Instituto Nacional de Direitos

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17 out RELATÓRIO DA WITNESS MOSTRA OS DESAFIOS ENFRENTADOS PARA COMBATER AS DEEPFAKES

A WITNESS, organização global que promove o uso de vídeos e tecnologia na defesa dos direitos humanos, apresenta nesta quarta-feira, 16 de outubro, o relatório “Deepfakes no Brasil – Prepare-se agora”, baseado no trabalho realizado no Brasil, mas fundamentado no trabalho global da organização de fornecer informações sobre deepfakes e como se preparar para elas. Deepfakes são maneiras novas de criar com mais facilidade, vídeos e áudio realistas de pessoas fazendo ou dizendo coisas que nunca fizeram. No caso de deepfakes, os casos mais comuns envolvem violência baseada em gênero com imagens sexuais não consensuais em sites pornográficos, mas as ameaças já começaram a se aprofundar para outros públicos. “Será cada vez mais fácil e comum usar a inteligência artificial para manipular vídeos ou áudios com perfeição. Precisamos estar atentos e preparados, mas não em pânico. Agora é a hora de garantir que as pessoas certas sejam ouvidas no Brasil e no mundo todo, e saber o que eles temem e que soluções exigem. Precisamos nos defender do risco de que todas as informações verdadeiras sejam colocadas em dúvida ou que um volume crescente de informações falsas oprima jornalistas, agências ou grupos que verificam informações ou atrapalhem ainda mais nossa esfera pública”, disse Sam Gregory, diretor de programas da WITNESS. O Brasil é um dos países que mais sofre com o compartilhamento de “fake news” segundo pesquisa divulgada no ano passado, semanas antes da eleição, pelo Instituto Ipsos, o Brasil é o país no mundo em que a maioria das pessoas acredita em notícias falsas (62% da população). É importante

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08 set DEFENSORIA VAI AO STF CONTRA CENSURA NA BIENAL

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro protocolou na noite de ontem (7) Reclamação Constitucional com pedido de liminar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a suspensão da medida que impedia o município do Rio de buscar e apreender obras expostas na Bienal do Livro por suposto conteúdo impróprio, sobretudo os de temática LGBT+. O principal argumento dos defensores é o de que o Tribunal de Justiça do Rio usurpou a competência do STF ao derrubar a liminar, expedida ainda na sexta-feira pelo desembargador Heleno Ribeiro Pereira Nunes, que garantia a plena realização do evento. De acordo com o documento protocolado pela Defensoria, ao conceder a liminar, o magistrado exerceu “controle de constitucionalidade e fundamentou que o ato praticado pelo Município afronta, aparentemente, princípios constitucionais pertinentes à liberdade de expressão”. Sendo assim, “a suspensão de segurança contra essa decisão deveria ter sido manejada perante o Supremo Tribunal Federal, órgão constitucionalmente incumbido da interpretação das normas da Carta Magna”. No entanto, a liminar foi cassada na tarde de sábado pelo presidente do próprio Tribunal de Justiça do Rio. Assinado pela Coordenação de Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (Cdedica) e pelo Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade Sexual (Nudiversis), o documento ressalta a legitimidade da Defensoria na causa, haja vista que a proteção integral às crianças e aos adolescentes é uma de suas funções institucionais típicas, bem como da população LGBT+, grupos vulneráveis assistidos da Defensoria Pública, por expressa previsão do art. 4.º da Lei Complementar 80/94. “O ato ilegal praticado pelo Município do Rio de

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06 set Chamada para oficina de vídeo #MOJO

A #WitnessBrasil, em parceria com o Favela em Pauta e Bombozila apresentam: Oficina gratuita de #MOJO Mas tem é muita gente perguntando… Afinal, o que é MOJO? MObilie JOurnalism é a capacidade de produzir conteúdo jornalístico utilizando o celular em todas as suas etapas. Você acha possível gravar um vídeo, editar e publicar com o seu próprio celular? Se inscreve aqui e inova com a gente!  [LINK PARA INSCRIÇÃO – https://wit.to/cursoMOJO] >> Oficinas de Vídeo Com Celular << Quando? SET / OUT / NOV Onde? Rio de Janeiro (Glória e Centro) Quanto? 0800 Quem? Comunicadores comunitários, documentaristas independentes e defensores de direitos humanos e outros com interesse no tema   Facilitadores: Daiene Mendes e Vito Filmmaker —  Vamos abrir mais uma sequência de oficinas de #MOJO (uso do celular para produção de jornalismo comunitário, curta-documentários, video ativismo e vídeo como prova) na Glória – Rio de Janeiro. Chega aqui >> https://wit.to/cursoMOJO   RESPOSTAS IMPORTANTES: 1 – Quem fez o módulo de Jornalismo Mobile do curso TAMBOR da Radio Mutirão e Bombozila em 2018 pode participar, porque as oficinas também vão funcionar como “atualização” e estará cheia de novidades, apps e conceitos novos; 2 – Essa jornada será inicialmente no Rio de Janeiro, mas queremos receber mensagens de pessoas em outras praças para gente pensar em possibilidade de levar pra outros lugares; 3 – Neste módulo também vamos ver conteúdos de Vídeo Como Prova e documentação de violações de direitos humanos da Witness Brasil; 4 – Também vamos trabalhar com conceitos de “visual storytelling” e “scrollytelling”; 5 – Para participar a

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11 ago Amazônia: Audiovisual na luta pela defesa dos territórios indígenas

Povos indígenas da Amazônia brasileira utilizam vídeo e tecnología de monitoramento para proteger seus territórios do ataque de madereiros, garimpeiros, pescadores e caçadores ilegais Encorajados pelas políticas públicas do setor, e sobre tudo pelo discursos do presidente Jair Bolsonaro, os ruralistas avançam com tudo pra cima dos territórios indígenas homologados. As tensões nas terras indígenas se tornaram assunto frequente na imprensa, com mortes brutais e uma rotina de intimidações e ameaças, que agravam totalmente o cenário, que já era complicado historicamente. O presidente assumiu uma narrativa de “desproporcionalidade” insinuando que os povos indígenas dispõe de extensões de terras que não necessitam, mas no fundo, lhe cabe qualquer desculpa para justificar que seu governo é uma guerra declarada contra os direitos desses povos, e um ataque frontal às suas soberanias como nações. Na Amazônia brasileira, as tensões se extendem por todos estados, afetando diferentes povos, impactados pelo pacote de exploração predatório do agro negócio e da mineração, e por todo o conjunto de efeitos colaterais que a exploração trás, como prestadores de serviços, seguranças privadas, e demais terceirizados que agravam ainda mais a dinâmica local. Povos Indígenas Monitorando Seus Territórios Isolados à própria sorte, povos indígenas da Amazônia criaram grupos de monitoramento da floresta que realizam incursões regulares na mata para literalmente expulsar invasores e desativar seus acampamentos ilegais de extração. Esses Guardiões da Floresta, como alguns são chamados, adentram a mata com estrutura necessária para passar dias em operação de monitoramento do seu território, algumas chegam a tomar 20 dias de incursão. Muitas das vezes essas operações acabam em disparos

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12 jul Deep Fakes: você sabe o que significa?

‘Deep fakes’ é a expressão usada para designar a nova geração de “fake news” que está crescendo com velocidade a jato na internet Victor Ribeiro Desde os aplicativos de celular tipo Snapchat, onde é possível mudar os rostos das pessoas, até os magos da inteligência artificial, o que mais se vê atualmente são memes com recursos de deep fakes viralizando nas redes sociais. E que recursos são esses? Trata-se do uso de ferramentas digitais (softwares e aplicativos) capazes de simular ações humanas, em vídeos, áudios e fotos, que na verdade não aconteceram. E com cada vez mais perfeição. Em alguns casos recriam vozes de pessoas com uma semelhança bizarra. Difícil de confirmar se é autêntica ou fake. Sendo muitas vezes necessário usar programas de biometria de voz. Se você se perguntou: como assim? Veja o exemplo cômico do vídeo abaixo. Nele o jornalista Brunno Sarttori inseriu o rosto do presidente Bolsonaro na cabeça do personagem Chapolim Colorado, mandando um salve pros Novaiorquines. Já é um clássico dos novos tempos! O que parece uma brincadeira para viralizar na internet, esconde por trás uma combinação de softwares para criar um sistema de simulação de movimento e sincronia labial, com um banco de dados que é alimentado com milhares de imagens-fonte, que podem ser usadas para recriar o rosto de uma pessoa falando algo que ela não disse, por exemplo. Criando a partir de uma base de imagens, um “aprendizado de máquina” que permite ao software desenvolver uma inteligência artificial e gerar comportamentos diversos para essas imagens. Como o próprio Brunno explica nesse

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10 jul Um usuário da plataforma criou um novo filtro de montagens para stories no instagram, veja como usar!

O Instagram é uma das redes sociais mais utilizadas no Brasil e vem investindo bastante em novos recursos, principalmente com os seus “adesivos”, que até trouxeram a possibilidade de adicionar músicas em suas Stories. Além deles, outra novidade implementada pelo Instagram há pouco tempo foi para os “filtros”, onde usuários podem disponibilizar até jogos para rodarem no app. Veja também:Vídeo: aprenda a usar o adesivo de bate-papo do InstagramComo pedir a recomendação de músicas no InstagramComo colocar música nas postagens do InstagramComo enviar uma imagem autodestrutiva no Direct do Instagram Se você não resiste a uma boa brincadeira e gosta de fazer montagens, gostará de saber que agora existe um filtro, que funciona como um verdadeiro pacote de memes. A seguir, veja como utilizar o filtro de pacote de memes do Instagram. Importante Assim como foi dito acima, diferente do que ocorre com os adesivos, os filtros do Instagram são disponibilizados por outros usuários. Desta forma, você só precisa ter o aplicativo da rede social atualizado para a sua última versão sem depender da função ser liberada. Como usar o pacote de memes do Instagram Utilizar o pacote de memes do Instagram acaba sendo uma tarefa bem simples, sendo bem similar a utilização de outros filtros. Confira: Abra o aplicativo do Instagram normalmente e procure pelo perfil do “igorsaringer”;   Ao entrar no perfil dele, toque em “FILTERS” e navegue pela seleção de filtros até encontrar o “Pack de memes de igorsaringer”; Agora, toque em um dos pacotes desejados conforme mostra a imagem abaixo e use a opção “Experimentar”; Na

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15 jun Brasil: Protestos em 23 estados e Distrito Federal

A greve geral de um dia, teve adesão ampla de dezenas de categorias e efetivamente sacudiu o país, com protestos massivos contra a reforma da previdência e os cortes na educação. Em Salvador por exemplo, 98% das frotas de ônibus não sairam das garagens, paralisando efetivamente a cidade. Em Porto Alegre 51 manifestantes foram detidos pela Polícia Militar, nos protestos ainda de manhã. Rio de Janeiro Cerca de 50 mil pessoas marcharam da Candelária em direção à Central do Brasil contra a reforma da previdência e os cortes na educação. Mas havia um cerco armado pelo exército e polícia militar em frente ao Pantheon de Caxias, sede do Comando Militar do Leste onde atua o General Braga Neto, comandante da Intervenção militar no Rio de Janeiro. O ato foi dispersado com muita violência, com uso de bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo aleatoriamente contra a multidão, que tinha a presença de crianças e idosos. Como de costume, a PM do Rio saiu à caça aos manifestantes pelas ruas do centro. Em breve publicaremos outras cidades e demais relatos sobre os atos pelo Brasil.

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