Witness Brasil

28 maio [RJ] Cinco policiais foram absolvidos no “Caso Providência” de 2015

O caso ficou conhecido em 2015 quando um vídeo filmado com celular por uma moradora, flagrou policiais colocando uma arma na mão de um jovem e efetuando dois disparos Eduardo Felipe tinha 19 anos e foi baleado em setembro de 2015 por policiais da UPP do Morro da Providência, zona central da cidade. O que seria “apenas mais um caso” de morte em confronto, imediatamente se tornou do conhecimento de todos, depois que viralizou nas redes sociais um vídeo, em quê os policiais apareciam colocando uma pistola na mão do jovem, já morto no chão, e efetuando dois disparos. Claramente para deixar vestígios de pólvora em sua mão, o que, segundo perícia forense, poderiam reforçar a versão policial de que Eduardo fora morto em confronto e que os agentes foram recebidos com tiros na região. Veja o Vídeo: Kit Flagrante A prática da Polícia Militar do Rio de Janeiro em alterar cenas de crimes é historicamente denunciada por ativistas e defensores de direitos das favelas da cidade. Os relatos e denúncas dão conta de situações que se tornaram corriqueiras. É morrer um jovem, e imediamente aparecem drogas, armas, rádio comunicadores e demais elementos em volta do corpo, que constrõe a narrativa que a mídia em geral repete: “policiais foram recebidos a tiros e revidaram” ou “suspeitos foram mortos em confronto”. O pessoal nas favelas chama de “kit flagrante’ e é com ele que policiais vão criar provas para seus depoimentos. Não são poucos os vídeos em que policiais aparecem carregando corpos enrolados em lençóis para dentro de viaturas e veículos

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13 maio #VídeoDaSemana: Vidigal – Rio de Janeiro

Após uma manhã de intensos tiroteios no Morro do Vidigal, zona sul do Rio, um vídeo de celular de um morador repercutiu nas redes sociais Nele aparecem policiais militares colocando um homem ferido na caçamba da viatura, enquanto disparos são efetuados. Ao final do vídeo um policial militar intimida o morador que estava efetuando a filmagem que imediatamente deixa de filmar.                   O celular se tornou uma ferramenta fundamental no contexto das favelas do Rio de Janeiro. É ele que expõe o cotidiano de violência e medo que assola a população mais pobre da cidade. E frequentemente vemos policiais intimidando e ameaçando moradores que usam seus smartphones para gravar os abusos que presenciam em suas comunidades. Para saber como usar seu celular para defesa de direitos Clique aqui . E saiba como defender o seu direito de filmar clicando aqui . Veja o vídeo repercutido nas redes sociais e imprensa.    

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13 maio #R2R – coletivos de todas as regiões do Brasil se reúnem em Niterói – RJ pelo #direitodefilmar

Cerca de 35 integrantes de grupos de comunicação e direitos humanos de todas as regiões do país, se reuniram para discutir estratégias de uso do vídeo para defesa de direitos O encontro #R2R – Pelo Direito de Filmar – contou com representantes de Belém, Santarém, Fortaleza, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasilía e Porto Alegre. Todos comunicadores e defensores de direitos em suas regiões. Ao longo de 4 dias de atividades os participantes puderam compartilhar experiências locais de uso do vídeo como ferramenta de luta social, e participar de atividades de formação da WITNESS, para qualificar suas capacidades. No primeiro dia grupos do Rio de Janeiro e São Paulo, que usam o vídeo para documentar a violência policial no contexto da “guerra às drogas” nas favelas e periferias, compartilharam suas práticas e experiências. Grupos como Coletivo Papo Reto, Defezap, Redes da Maré, Data Labe, Craco Resiste e Tulipa Negra, mostraram seus vídeos e ações locais, e foram acompanhandos pelo NUDEDH (Núcleo de Defesa de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio de Janeiro), que comentou também sobre o crescente risco ao direito de filmar. No segundo, foi a vez da região Norte mostrar como os grupos estão usando a mídia e o audiovisual para apoiar as lutas das comunidades na Amazônia, com apresentações da Agência de Notícias Jovens Comunicadores da Amazônia, Coletivo Jovem Tapajônico, CIMI e Greenpeace. E também a região Nordeste, que  esteve representada pela Rede Rocheda, que em Fortaleza usa o vídeo para documentar e fomentar as expressões culturais periféricas e elevar a auto estima de suas

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26 mar Rio de Janeiro: A rotina de violência policial e os vídeos de celular

Segunda-feira (25) mais um vídeo de violência policial viralizou nas redes sociais. Mais uma vez a polícia militar do Rio de Janeiro encenando seu papel no espetáculo da violência diária Um policial do 17º BPM aparece em um vídeo de celular ameaçando moradores e disparando para o alto, na localidade conhecida como Vila Joaniza, Ilha do Governador – zona norte do Rio. As imagens são de sábado passado (23), ao fim de uma operação. Moradores alegaram no momento que um dos baleados era um trabalhador inocente, sem envolvimento com o tráfico, e portanto exigiam que o socorro fosse chamado prontamente. Diante da indiferença policial, moradores se manifestaram contra os policiais. Um dos policiais é registrado em vídeo dizendo: “Fica de graça mesmo, filho da p*. Fica de graça. Tá pensando o quê? Acabou a bagunça nessa p*. Vai tomar no c*”, depois de atirar para o alto. O policial é flagrado subindo no estribo da viatura policial, efetuando um disparo de fuzil com apenas uma das mãos, colocando a vida de dezenas de inocentes e crianças em perigo e ainda finaliza com uma ameaça: “Você vai ser o próximo”. Banal X Brutal? O massacre diário a quem vêm sendo submetidos os moradores de favelas do Rio de Janeiro, no meio do fogo cruzado da dita “guerra às drogas” parece conformar um círculo vicioso que não tem fim. Em geral, a mesma fórmula: tipo suspeito, auto de resistência, mais uma morte justificada pela corporação policial e pela imprensa, mais alguns vídeos nas redes sociais. E amanhã é outro dia, e já teremos

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21 fev Amazônia: A luta indígena pela proteção de suas terras

Diversas lideranças, organizações ambientais e de direitos humanos se reuniram em Manaus para pensar estratégias de proteção dos territórios e populações indígenas da região O presidente eleito Jair Bolsonaro do PSL nunca economizou nas palavras para atacar as conquistas históricas dos povos indígenas do Brasil. Já em campanha antecipava os retrocessos que seu governo pretende promover, e em seus primeiros dias de governo já efetivou mudanças nos ministérios e na FUNAI, que por fim desenham um cenário de agravamento da situação que já enfrentam esses povos na proteção de suas terras. Povos Guajajara, Karipuna, Wapixana, Kaapor, sindicatos de trabalhadores rurais, além de organizações de proteção ambiental e de direitos estiveram reunidas por dois dias em Manaus para discutir a implementação do projeto “All Eyes On Amazon” – Todos Os Olhos Na Amazônia. Que visa promover uma série de atividades de formação, monitoramento e comunicação para proteção e garantia dos direitos dos povos indígenas sobre seus territórios. As lideranças apresentaram as problemáticas que enfrentam, como extração de madeira, caça e pesca ilegais, além da invasão de suas terras para plantio de maconha, e todas as ameaças e ataques que sofrem por parte do estado e da iniciativa privada, por serem intransigentes na proteção de suas áreas. Escute o podcast que produzimos com a Rádio Mutirão com entrevistas e comentários desses participantes.

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16 fev Eric Garner e Pedro Gonzaga: 2 homens negros enforcados diante das câmeras

O que Eric Garner de Nova York tem a ver com Pedro Henrique Gonzaga do Rio de Janeiro? Vito Ribeiro – Program Manager WITNESS Brasil Dia 14 de fevereiro mais um vídeo gravado por celular viralizou nas redes sociais e indignou a população do Rio de Janeiro. Nele se vê um segurança particular do Supermercado Extra – Barra da Tijuca (rede de supermercados que pertence ao Grupo Pão de Açúcar) cometendo um assassinato brutal diante dos clientes e funcionários do mercado. Pedro Henrique Gonzaga de 19 anos, ainda foi socorrido no próprio chão do mercado Extra, que segundo sua mãe e seu padrasto em depoimento à delegacia: “teria problemas mentais e era usuário de drogas”. Pedro não resistiu ao tempo de sufocamento a que foi submetido pelo segurança, e morreu de parada respiratória ao chegar no hospital. O assassino, Davi Ricardo Moreira trabalha para a empresa de segurança privada Group Protection, que presta serviço a diversos estabelecimentos da cidade, foi preso em flagrante no mesmo dia, mas a noite foi liberado após pagar fiança. A empresa alegou que o jovem estava tentando roubar o mercado e na luta corporal com o segurança teria tentado retirar a arma do funcionário. Fato que até agora não se comprovou nem pelos vídeos que foram divulgados, nem pelos primeiros depoimentos coletados em sede policial. O caso nos remeteu diretamente ao assassinato de Eric Garner 43 anos, que em 2014 foi enforcado por um policial em Staten Island – Nova York até a morte. Eric foi acusado de estar vendendo cigarros a varejo na rua, e quando

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22 dez Não é o mais seguro, mas todo mundo usa – WhatsApp

Agradecemos a Gabriela Ivens, bolsista da WITNESS-Mozilla, por contribuir com a seção sobre backups na nuvem e a todos os parceiros da WITNESS e defensores dos direitos humanos que compartilharam experiências de uso do WhatsApp que foram fonte deste artigo.  “WhatsApp, WhatsApp? ”, Ativistas e jornalistas de todo o mundo usam o WhatsApp para se  comunicar e compartilhar mídia e informações relacionadas aos direitos humanos.  Embora o WhatsApp não seja, necessariamente, a opção mais segura, achamos extremamente importante compartilhar dicas de redução de danos para esse aplicativo. O WhatsApp é incrivelmente popular, tem criptografia de ponta a ponta, e, às vezes, é até mesmo gratuito ou muito barato nos pacotes de dados móveis oferecidos pelas operadoras de telefonia em muitos países. Mas o WhatsApp não tem alguns recursos importantes, conforme discutiremos abaixo ─ e, se você não estiver fazendo o uso correto deste app, pode estar colocando a si mesmo e aos outros em risco. Você ainda usa o WhatsApp? Então deve usá-lo da forma mais segura possível. O WhatsApp tem uma criptografia de ponta a ponta ativa para indivíduos e grupos. Isso significa que o conteúdo das mensagens só pode ser lido por quem os escreve e por quem os recebe e não por qualquer intermediário – nem mesmo por qualquer agente público ou privado, que possa fazer pedido legal ao WhatsApp para ter acesso aos seus dados. No entanto, existem muitos meios dessa criptografia falhar. Segurança é um problema da comunidade Em primeiro lugar, independente do quanto você cuide da sua segurança, você também está confiando na segurança

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19 nov 3 dicas para aumentar o envolvimento do público durante as transmissões ao vivo no Facebook

Transmissão ao vivo é um dos formatos de conteúdos que mais gera engajamento na Internet. Parece que é só receber a notificação dizendo que alguém está ao vivo para nascer aquela vontade quase incontrolável de clicar na notificação e conseguir acompanhar uma história, no imediato momento em que ela acontece. O MobilizaJá (Mobil-Eyes-Us, em inglês) explora esse potencial de mobilização e participação que as transmissões ao vivo possuem. A partir das ações individuais e coletivas, que podem ser tomadas pelo público, esta iniciativa pesquisa, estimula e apoia transmissões ao vivo de mídias comunitárias no Brasil e nos Estados Unidos. O objetivo é sempre tornar as pessoas partes ativas das transmissões que assistem, permitindo que elas demonstrarem solidariedade e tomem ações concretas, como foi feito, por exemplo, no projeto piloto durante as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Além disso, nós acompanhamos, pelo menos, 18 transmissões ao vivo feitas por ativistas do Rio de Janeiro e de favelas de outras cidades do Brasil nos protestos, marchas e até streamings com evidências sobre violações de direitos. Com base nas experimentações que fizemos no aplicativo Mobil-Eyes-Us, compartilharemos uma série de dicas e boas práticas que funcionaram e possuem boas possibilidades de gerar engajamento. Neste primeiro post, iremos abordar a preparação do streaming, o momento anterior à transmissão em si. Então, chega de história e vamos às dicas:   DICA 1 – Defina com antecedência o horário de sua transmissão. Se você está planejando transmitir uma sessão previamente agendada, separe um tempo para se planejar e permitir também que seu público se planeje

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15 out Oficina de Arquivamento Witness Brasil

A proposta deste encontro prático é compartilhar conhecimentos e aplicativos para o arquivamento de dados de maneira segura e estável para longo prazo. Com a profusão de informações e volume de dados gerados hoje em dia, os cuidados com backups, catalogação e proteção de acervos acabam sendo deixados de lado, por falta de tempo ou recursos. Neste encontro vamos ver práticas básicas que podem garantir a longevidade e segurança dos seus dados. Criptografia, automação de backups, catalogação, arquivamento online e acervos compartilhados. Preencha o formulário que entraremos em contato com propostas de datas para oficinas ainda neste mês de outubro.

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12 set Semana de videoativismo na Cracolândia, São Paulo

A região da Cracolândia em São Paulo vem sofrendo uma série de ações do poder público, que segundo moradores e organizações locais, tem resultado em abuso de poder por parte da GCM e polícia militar, e obviamente violações de direitos humanos. A convite das organizações Fórum Mundarel e Craco Resiste, estamos preparando essa semana de atividades que serão realizadas na região, no sentido de instrumentalizar defensores de direitos, coletivos de comunicação e moradores, para usarem seus celulares e câmeras para documentação dessas violências rotineiras que ocorrem na região. Para saber mais da situação de violência do estado na Cracolândia leia nosso artigo passado aqui. A #SemanaDeVideoativismo na Cracolândia será realizada de 20 a 23 de setembro e contará com diversas atividades voltadas para moradores e organizações locais e também atividades culturais abertas ao público em geral. Veja a programação abaixo a confirmar. SEMANA DE VIDEOATIVISMO NA CRACOLANDIA – SP – setembro – 20 a 23 20/09 – QUINTA 19h-22h Oficina VideoAtivismo – o uso do vídeo na luta social Práticas de captura, arquivamento e uso de vídeos para documentação de direitos humanos. Atividades práticas de gravação e edição com celulares. 21/09 – SEXTA 19h-21h OFICINA Video Com Celulares / para moradores Arquivamento e arquivamento de memórias coletivas através do celular. Estimular a capacidade de refletir sobre o território e colocar sentidos de pertencimento coletivo na produção audiovisual. 22/09 – SABADO 17-22h Local: Praça General Osório SLAM da Craco + Programação cultural + MOSTRA DE FILMES curta-metragens e debate com realizadores que usam o audiovisual na luta popular, sobre soberania audiovisual, sobre

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